e agora, dizei-me, que fica
da nossa terra bendita
que tantos fizeram por bem?
porque a quereis cinza triste
apagada, de euro em riste
que seja o que não é?
maquinais contra o povo meu
reduzis a portugal europeu
o que foi Portugal Português.
sabei que viverá em nós
herdámo-lo de nossos avós
jamais podereis vencer.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
mar
diz-se do mar:
pouso dos olhos.
diz-se, também,
distância infinita
onde contemplamos
ondas em molhos
o mar será
coisa não dita.
pouso dos olhos.
diz-se, também,
distância infinita
onde contemplamos
ondas em molhos
o mar será
coisa não dita.
sábado, 22 de agosto de 2015
passarinho
é ave irrequieta
a chamamos passarinho
chega pula chilreia
graceja e respondemos carinho
quando parte ficamos sós
e sentimos do passarinho
enquanto esteve cuidou de nós
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
domingo, 16 de agosto de 2015
em paz
ao deitar-me naquela noite
percebera o dia, pequeno pleno
preenchido de tudos, de todos e de nadas
ao deitar-me naquela noite
sonhei novas palavras
e proferi-as como sonhos absolutos
percebera o dia, pequeno pleno
preenchido de tudos, de todos e de nadas
ao deitar-me naquela noite
sonhei novas palavras
e proferi-as como sonhos absolutos
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
sobre luz e cor
de onde vem a luz que se apaga
no final a penumbra habita
no início tudo era luz
e tudo iluminou
e se iluminou
o destino apaga a flor
fecha a porta
esconde a estela
o braseiro acaba cinza
em estado antes da cor
no final a penumbra habita
no início tudo era luz
e tudo iluminou
e se iluminou
o destino apaga a flor
fecha a porta
esconde a estela
o braseiro acaba cinza
em estado antes da cor
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
escrever
por vezes o escrever é a eternidade
um estado de desejo emergente
da corrente de uma leitura, ou brota
da necessidade infame de narrar para si
soa a expor da entranha
por vezes o escrever é só uma ideia
um manso amadurecer
o escorrer simples da simplicidade
acontece-me o escrever ser
um aguardar inquieto
as tentativas do esboço
as rasuras imperfeitas
por vezes o escrever é condição
encalhado manobrando
desancorando a mensagem
sem trajeto nem destino
o escrever, se é descoberta, é
a arte de iludir pela descoberta
da corrente de uma leitura, ou brota
da necessidade infame de narrar para si
soa a expor da entranha
por vezes o escrever é só uma ideia
um manso amadurecer
o escorrer simples da simplicidade
acontece-me o escrever ser
um aguardar inquieto
as tentativas do esboço
as rasuras imperfeitas
por vezes o escrever é condição
encalhado manobrando
desancorando a mensagem
sem trajeto nem destino
a arte de iludir pela descoberta
frescura na baixa
o vento da tarde traz
fresco colhido na estreitura
da rua, entra no beco
e não se deixa aprisionar
penetra o entreaberto
a porta a janela batem
atrás de si folia
e fúria num só momento
quebra-se a vidraça
tilinta a sorriso o vento
fresco colhido na estreitura
da rua, entra no beco
e não se deixa aprisionar
penetra o entreaberto
a porta a janela batem
atrás de si folia
e fúria num só momento
quebra-se a vidraça
tilinta a sorriso o vento
olhar
dos montes o olhar chama à leitura
da árvore à curvatura
do cume à inclinação da colina
dos vales o olhar é amplo
de enorme celestial
da árvore à curvatura
do cume à inclinação da colina
dos vales o olhar é amplo
de enorme celestial
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