minha vida
quarta-feira, 13 de março de 2019
no muro rasgado p'lo tempo
sopra em caneiro o vento
assobia um pensamento
poema das banalidades
sofrer banalidades
piruetas na origem do vento
o enlaço molesta
o abraço dói
o que no peito pulsa
é aflição
que o sorriso aquieta
há um brilho baço
esse olhar que não muda
penumbra da solidão
corre a vida na janela
pula ágil entra nela,
ver-se passar onde não pode sair
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