abraço fundo
o silêncio límpido
a entrega não se diz
do amor pouco se conta
nos olhos o quente mudo
do completo estar
tudo é pequeno minúsculo e
tudo é desimportante e nulo
além do abraço profundo
sábado, 27 de fevereiro de 2016
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
à noite, vinga a madrugada
um azul detrás do cinza
e uma aura acobreada varre a paisagem
que inda estremunhada se agita despindo o relento
as flores despertam florais
o aroma é fresco orvalho em doce cor
zumbe na pétala a abelha também flor
trinam os pássaros tons matinais
soltos na pauta que é do vento
como te amo madrugada
sigo teu rumo de alvorada
para ser mais um
pequeno ser que faz o dia nascer
um azul detrás do cinza
e uma aura acobreada varre a paisagem
que inda estremunhada se agita despindo o relento
as flores despertam florais
o aroma é fresco orvalho em doce cor
zumbe na pétala a abelha também flor
trinam os pássaros tons matinais
soltos na pauta que é do vento
como te amo madrugada
sigo teu rumo de alvorada
para ser mais um
pequeno ser que faz o dia nascer
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
um cimbalino
o restolho das vozes é
um murmúrio indecifrado de gente em seus círculos.
pires e chávenas e copos, também em redondo,
gritam se os amontoam e
calam-se às pancadas de molière anunciando
o ronco da máquina: a bica de onde brota um café
expresso, bem tirado, servido a bandeja circular
na curva de um movimento de braço em
corpo bulindo a passo bailarino.
acompanha o sorriso, arredonda lábios, de um e outro lado:
um serve outro toma. agradecidos, ambos.
a colher atravessa o creme e circula na forma da chávena
o pires aprecia, e aguarda, a colherinha de espuma
o café liberta perfeito a hélice do aroma.
o sol encurva os raios e ilumina a fragrância
doura o ar e
solta o vigor da consistência de existir.
o miúdo circula arrastando o olhar
entre mesas e cadeiras
e aprende os passos do bailado
a melodia do aroma
o ritual que um café tem
a razão porque é um cimbalino.
um murmúrio indecifrado de gente em seus círculos.
pires e chávenas e copos, também em redondo,
gritam se os amontoam e
calam-se às pancadas de molière anunciando
o ronco da máquina: a bica de onde brota um café
expresso, bem tirado, servido a bandeja circular
na curva de um movimento de braço em
corpo bulindo a passo bailarino.
acompanha o sorriso, arredonda lábios, de um e outro lado:
um serve outro toma. agradecidos, ambos.
a colher atravessa o creme e circula na forma da chávena
o pires aprecia, e aguarda, a colherinha de espuma
o café liberta perfeito a hélice do aroma.
o sol encurva os raios e ilumina a fragrância
doura o ar e
solta o vigor da consistência de existir.
o miúdo circula arrastando o olhar
entre mesas e cadeiras
e aprende os passos do bailado
a melodia do aroma
o ritual que um café tem
a razão porque é um cimbalino.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
acredita
o que te assusta é mais
muito mais que a morte é o esquecimento
que não te recordem
que o vazio não fique
acredita
toda a partida é incompleta
a sopro se lapidam as pedras
sempre brancas
de memórias tuas e das que não tiveste
acredita
há uma possibilidade de heroísmo em cada dia
há uma vida inteira para não desistir de ser herói
o que te assusta é mais
muito mais que a morte é o esquecimento
que não te recordem
que o vazio não fique
acredita
toda a partida é incompleta
a sopro se lapidam as pedras
sempre brancas
de memórias tuas e das que não tiveste
acredita
há uma possibilidade de heroísmo em cada dia
há uma vida inteira para não desistir de ser herói
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
do vento
do vento
há cor e perfume
há ronco entoa a segredo
aceso em sussurro
há voo denso em volume
há evento lufada
enfuna paisagem
a que soa um sentimento?
há cor e perfume
há ronco entoa a segredo
aceso em sussurro
há voo denso em volume
há evento lufada
enfuna paisagem
a que soa um sentimento?
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
da poesia
sobre a poesia
há um abraço simples
tão simples e espartano
que requer braço nu em corpo extremo
há um abraço simples
tão simples e espartano
que requer braço nu em corpo extremo
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
do dormir
então durmo
o tempo é de estar
entre o tudo e o nada
sem névoas
sobrevoando sem que o sonho inquiete
o tempo é de estar
entre o tudo e o nada
sem névoas
sobrevoando sem que o sonho inquiete
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
recordar
o vazio do baú acorda
poeira flutua
em torno do raio de sol inicia-se algo
no vazio do baú
histórias encavalitam tudo
os objetos, se os há
carregam-nas silenciosos
sob o manto das memórias são
poeira flutua
em torno do raio de sol inicia-se algo
no vazio do baú
histórias encavalitam tudo
os objetos, se os há
carregam-nas silenciosos
sob o manto das memórias são
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