i
sobre o casario estira-se a sombra
cobre o volume de cada coisa
há um modo embriagado de tomar o tempo,
aos tragos, sentindo-o no corpo
há o esvoaçar dos pássaros, libertador,
trespassa a sombra a golpes de asa e eleva-se
ao casario
em cujo ventre os dias habitam miudezas
ii
as cidades são de um respirar ofegante
correm pela pressa de chegar
geram o burburinho da partida que preenche e
apazigua os ruídos do próprio corpo
encobre a internalidade do dia, desodoriza
e o ar corre inodoro sensabor
impaciente, a cidade estende-se
devorando o tempo, imune aos esvoaços
e ao quebrantar da sombra
interpretando a criatura que a zelará
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
da tormenta à boa esperança
lançar o poema do avesso
ferrar o hálito da sede
fitar a pupila do vazio
dobrar o abismo da saudade
afundar na profundez do céu
ferrar o hálito da sede
fitar a pupila do vazio
dobrar o abismo da saudade
afundar na profundez do céu
terça-feira, 14 de novembro de 2017
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
poder-se-ia colher a tarde e
como um fruto maduro, saboreá-la
suculenta doce carnuda cheia e
sobretudo...
sobretudo olhá-la de dentro
pulsar nela
ser o pulsar dela e dela ser
pertencer-lhe
como do jardim são os seres vivos e
os bancos, esses seres ondulantes
que tomam os olhares e acolhem
corpos em despojamento
poder-se-ia colher a tarde
sobretudo
enquanto a brisa a sobrevoa e
perpassa o corpo
hum.... morno de regaço que embala
amamenta e, colhendo-se,
sobretudo
não se consome
afinal é disso que se fazem as tardes
sentidos e corpo envolto em brisa
abraços que as tardes têm
como um fruto maduro, saboreá-la
suculenta doce carnuda cheia e
sobretudo...
sobretudo olhá-la de dentro
pulsar nela
ser o pulsar dela e dela ser
pertencer-lhe
como do jardim são os seres vivos e
os bancos, esses seres ondulantes
que tomam os olhares e acolhem
corpos em despojamento
poder-se-ia colher a tarde
sobretudo
enquanto a brisa a sobrevoa e
perpassa o corpo
hum.... morno de regaço que embala
amamenta e, colhendo-se,
sobretudo
não se consome
afinal é disso que se fazem as tardes
sentidos e corpo envolto em brisa
abraços que as tardes têm
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