pende uma luz
no inverno da cozinha escura
a lareira encarvoada
trempe, panela de ferro e
o sopro encardido
da mulher que governa a casa
o bichano vigia
o fogo preguiçando
cheiro a lenha
a granito a fumo enegrecido
a caldo que sabe a borralho
à luz da lâmpada gasta
pendente
acesa, ali, única
como o sol
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