sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

encoberto

descubro-te, encoberto
ausente, tresmalhado
em batalhas perdidas
desencontrado em guerras
onde te destroçaste.

descobres-te de neblinas,
névoas rasas, densas
muralhas fortes, espessas
visitas-me? partes? regressas?
não sei.

desponta-me a saudade
do nosso convívio
tão inocente
quanto espontâneo,
tão fascinado
quanto fascinante,
tão rendido
quanto admirável,
tão confiante,
quanto confiável.

sabes, encoberto?
procurei-te afincadamente
onde te conheci.
ausentaste-te
esperei-te e desejei-te,
desesperei-me,
esforcei-me por te ver.

agora, encoberto,
apareces-me...
regressas? partes? visitas-me?
ainda não sei…

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