pássaro negro saiu à luz
passeando na alvorada
voou bem alto
passeou no vento
navegou sem tempo.
pássaro verde o avistou
num impulso, o ignorou
temendo que a negrura
lhe ensombrasse a verdura
que ainda tinha da primavera.
gemendo a dor, sentiu o sabor
daquela água que bebera
cristalina de verdade
do sentido que vivera
e que a verde cor lhe dera.
mudou o porte e fez-se forte
escreveu nos muros,
em lindos tons coloridos
porque não queria esquecidos,
aqueles sentimentos puros
que de verde o matizaram.
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