sábado, 25 de agosto de 2012

viagem no vento

vem vento, partirei contigo
até onde o desejo da invisibilidade me levar
enquanto tua frescura me sossegar
e a nudez que me infliges for o meu estado
natural de pensar, de sentir e de amar.
vem vento, voarei sem asas
viajarei nas brisas que me enlaças
tocarei nas nuvens que penetrarei, sonhando
geraremos intimidade
ensinar-me-ás a melodia do tempo
compassadamente batida 
pelo balançar das árvores, pendular das flores
e dançada por folhas de um outono
ondulantes movimentos,
valsa de amantes encantados.
vem vento, visitaremos tempestades
arrastaremos montanhas
e faremos maiores façanhas
onde buscaremos a bonança
soprarás o rosto duma criança
agradecida, mirar-te-á no horizonte, eterno
e desenhar-te-á no caderno.


Sem comentários:

Enviar um comentário