domingo, 6 de dezembro de 2015

nómada

andar sem fim
ter caminho sem destino
ser presente sem tempo

ser imenso sem limites
de direção e sentido indistintos
sem fito andar sem fim
para onde quer que vá, ir
aonde nada se pode conter
ser brisa ou coisa líquida
abandonar a rotina que não pensa, matuta

habito a amplitude da janela que me toma
diariamente me recolhe os sons da cidade
encastoados nas fachadas de que se fazem os prédios

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