sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

forma e sinto

o que não sei dizer e sinto
o que não entendo e sinto
redijo e tomo a forma
do poema ali, que sinto

o que ignoro e sinto
o que me confunde e sinto
rasuro e reescrevo a forma
no verso me esclareço, ou minto

e se me entendo, o sinto
verdade ou mentira, nem sinto
confiro textura e forma
dou azo à brandura que sinto

há um indescritível, o sinto
creio pelo indizível, o sinto
tanjo a fluência da forma
se o faço de cor, eu minto

1 comentário:

  1. E o que não dizemos sentimos e depois...escrevemos...
    É talvez o que nos salva...
    bj

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