terça-feira, 1 de maio de 2012

primavera

mês de abril terminou feliz. chuvoso e vaidoso por ter valido a pena ser vivido.
fez jus à tradição e banhou-se de mil águas, preparando-se para receber a primavera. defende com esmero a sua posição de primeiro mês inteiramente dedicado à estação das prímulas.

mesmo no final, por artes mágicas, abril lembrou-me porque não se pode parar de olhar a primavera, talvez para a contemplar e a sentir: como nos entra pelos poros, pelos ouvidos e pelos olhos e nos faz pular o coração. de tão vigorosa, não se consegue mesmo parar de olhar para a primavera que, pejada de pássaros e de flores, harmoniosamente arranja os matizados de sons, cores e odores para se alindar. que linda fica. que frescura.

também, com a primavera chegam as crianças felizes, tateando o sol, e sorridentes escolhem princesas para viverem na imaginação, deleitando-se em conversas infindáveis, quer pela natureza, quer pela cumplicidade. e a primavera, sem saber, é e será sempre a escolhida, na forma de uma princesa, porque é essa a sua natureza. por isso o faz, o diz e o sente a ingenuidade sábia de criança.

eis a razão pela qual primavera estarás sempre no meu jardim, do lado feliz do meu sentimento. eis a razão, primavera, pela qual também eu não sei parar de te olhar...

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