segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

poemência

a minha recordação de menino é enorme
como os tempos, vivos de poesia
meu real de faz-de-conta acontecia
minha mãe sorria às histórias que eu contava
e chamava-lhes inocência
éramos tão felizes então...

desfolham-me os sentidos da fantasia
envolta; o sorriso da minha mãe
denuncia-me a inocência
que guardo como um tesouro:
as joaninhas na caixa de fósforos
no bolso dos meus calções

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