quarta-feira, 2 de julho de 2014

vício, poesia em estado puro

um cigarro
que fumo em pensamento
leva-me no vício,
enrola-me em círculos de fumo:
cachos de carateres encaracolados.
meus olhos amiudam-se sobre as memórias
das letras. nos fumos
abrem-se frestas cortadas a sol
aquecem-me, amorno-me no som das letras
que as palavras não proferem.
o fumo passa e se dispersa,
o sol roda e desvanece
atrás do monte das palavras
onde corre pura a poesia
no estado de ideia e melodia.

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