quarta-feira, 10 de setembro de 2014

da vela

sei o equilíbrio frágil de chama
e embebo-me na auréola da cera iluminada

indago o fervor escorrente em inverso da ruga
e passeio na curvatura da luz e sigo
o bulício do reflexo da parede ao tecto

colho o cintilo espelhado pela íris

sou rasto de corpo tingindo de sombra a mesa
desejo desconter-me
e espraiar-me em corpo derramado

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