quinta-feira, 4 de setembro de 2014

desesperança

a manhã não brota
não aparece
não se ilumina
será tarde e nem o relógio a ousa anunciar 
será um dia que só tem noite e depois a cinza do nevoeiro
será um dia em que meus olhos se embaciam e descaem até ao chão 
gostaria que quisessem rebolar-se na terra por um prazer menino de se sujarem 
antes, procuram as pedras para se abrigarem do desconhecido que tanto temem
do sol já nem se lembram do nome
e quando o ouvem a palavra é o vazio 
... e as manhãs não vêm

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