segunda-feira, 4 de maio de 2015

as linhas do meu caderno

no meu caderno, as linhas
risco-as à mão
pouco direitas, rasuro-as
redondos e vértices, emendo-as
tracejos do coração.
e erguem-se, assim as manhãs
e luzem, o tom de sonho
e cruzam-se, são olhares
e escorrem, nem sei de quê.
ingénuas, as linhas
no meu caderno, eu vivo
amargo e adoço
linha a linha, me teço
volta e revolta, me faço.

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