sábado, 7 de novembro de 2015

não tenho poemas para livros

não tenho poemas para livros
de começo visito-os
ou visitamos-nos
perco-me a olhá-los e vê-los ser
(aos poemas)
toco-lhes — tocamos-nos
sinto-os e conto-lhes de mim
histórias desengonçadas
o sabor dos dias — isso, saboreio-os
(aos poemas)
torneamo-nos até obtermos o que queremos 
seja poesia
uma vez por outra redijo destas memórias 
evocações que parecem poemas
pobres banalidades do indescritível
real que o poema é
confirmo!
não tenho poemas para livros

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