terça-feira, 12 de julho de 2011

em diferido

expus-te a minha alma
hoje
falei-te de mim em diferido
porque não é fácil
escancarar-te o peito
decifrar-te os pensamentos
que tormentosamente
alinho
numa barricada
para defender a minha versão.

explodiria
se não o fizesse
já não cabia em mim esta necessidade
de partilhar
de ser teu
no menor detalhe,
de mostrar-te meu oculto.

sem segredos
vês-me a alma
os amores
as amarguras
e os rancores
que guardo
como preciosidades de uma vida.

assim acaba uma parte
do meu privado
que só aconteceu
porque tu existes
meu paradoxo de comunhão,
meu amor
a ti devo o prazer de respirar.

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