quando meu dia for santo
vestir-me-ei demónio
e infernizarei os anjos
tão gorduchos de paciência
até que corram atrás de mim
esconder-lhes-ei as vestes
zombarei com a pequenez dos seus sexos
e jogarei o arco
com as suas auras de anjo
até que digam palavrões
sei que no final do dia
se eu me deixar apanhar
riremos todos de cansaço
e quando o deus-pai vier apagar a luz
sorriremos cúmplices de felicidade
e deus-pai orgulhar-se-á de nós
sem que o saibamos
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