tanto espero e mais desejo
que meus olhos saibam dizer-te
o que eu não sei
o que não me perpassa os lábios
o que a garganta não desata
o que a língua não modela
a ideia que baralhei e não encontro
e na qual tropeço diariamente
constantemente
tanto espero e mais desejo
que meus olhos saibam contar-te
o rio em que minha alma se transformou
o prateado brilho, onde navegas
que em mim resplandece teu vogar
toque, corpo, água e sol
teu sorriso colorindo a janela
uma lágrima gritando
boa água
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