quinta-feira, 10 de outubro de 2013

desalento

caíam as mãos
peso do desapego
amargo da consciência
depois o corpo cansado
até para as mãos

que caíam
escorrendo pelo corpo
à frente dos braços
agora escorridamente longos
mais longos
tão longos que jamais abraçariam
e as mãos caídas, separadas
jamais se acariciariam

os anéis
tornaram-se largos
afastaram-se, impercetíveis

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