acorda
deixa que o tempo irrompa de ti
que os ponteiros se te adiantem
que a voz te saia antes da boca se abrir
acorda
ensurdece-se-te com os pássaros
fere esse silêncio de morte
desperta a árvore em que te abrigas
deixa-a chegar à primavera
florir ensombrar crescer
solta-a dessa esteira em que te abanas
como pêndulo de um relógio
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