quarta-feira, 21 de outubro de 2015

sobre o gesto

a poesia já lá estava
chegou o gesto poema
aprimorando

havia um criança debruçada sobre o gesto de
pegar no lápis desenhando flores
à volta do poema, para ficar bonito, dizia
de língua mordida entre beiços, fungando
o nariz ranhoso que adiava limpar
que o empenho no florido era tudo

aqui vou fazer uma nuvem
porque as flores e as histórias gostam de nuvens
com o sol por trás, explicava entregue à criação
que gesto poema emergia do mar de poesia

onde mergulha o pensamento
o de quem gesticula tecendo
o de quem lê pelo gesto também de ler

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