quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vida minha

Vida minha, já não quero agarrar-te... quero viver-te com a fluência (des)regulada com que aconteces.
Vida minha, já não te peço nada porque me angustias na espera de ver passar o desejo e me obrigas a alterar as preferências.
Vida minha, já não te exijo mais nada porque me cobras nas consequências que plantas como estacas no meu caminho.
Vida minha, já não quero agarrar-te porque me abanas e sacodes, arrastando-me para destinos que só tu conheces e nem sempre me desvendas.
Vida minha, já não quero sonhar-te porque me adormeces para ti.
Vida minha, também já não quero amar-te porque vandalizarás o meu amor só para me mostrares que és única e sem amarras,
Vida minha, já não te possuo porque não intimas comigo os teus segredos e sentimentos mais profundos.
Vida minha, vive-te a ti mesmo, passeia-te pela minha existência e seremos cordiais quando nos encontrarmos.
Vida minha, quero-te bem.

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