tinha a forma de uma sombra
a tristeza que se abateu
pela manhã de dias perdidos.
podia ser luz, podia ser cor
podia, até, ser fresca...
porém, era ausência
era treva, cinza e fria, penumbra
de um qualquer dia .
vi-a árvore
de folhas caindo
despedindo-se uma-a-uma
carregando a dúvida do regresso
na próxima estação.
via-a rio
parado na água
como um postal ilustrado
gasto, desbotado, queimado
onde as árvores não querem beber.
a tristeza ficou-se, só
sombra, de uma árvore
que, sem folhas
não bebe no rio, parado.
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