domingo, 8 de julho de 2012

de filho para pai

lembro-me....
quando caminhava, esticado
agarrado a um dedo
onde abraçava minha mão
era confortável, era muito bom.

lembro-me...
no fim do jantar, duma perna aguardando
para eu me sentar e do prazer que tinha
em ser escolhida para eu vos ouvir
falando da vida, aconchegado, era muito bom.

lembro-me...
num colo à tarde, do bem que senti
dum dito do peito, meigo, segredado
"portaste-te tão mal, meu filho, e gosto tanto de ti"
era verdade, foi tão bom, nunca esqueci.

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