abri os braços
precisava voar ao vento
que é o sopro do mar
sentir a aragem no rosto
no sovaco
ser abraçado de fresco
como só vento sabe abraçar
ao som do ronco do mar
grave, longo e profundo
saído do peito que é o mundo
a gente dá-lhe a batida
e o coração a pulsar
pum-pum, pum-pum
e o mar bateu poderoso
aspergiu-me vigoroso
salpicos de água-benta
a emoção da comunhão
junto à escarpa
um abraço de gente e de mar
Sem comentários:
Enviar um comentário