quando éramos rio
viamo-nos nos reflexos
cintilantes como olhos
que nos espelhavam
saltávamos nas pedras
pulávamos das quedas
gargalhávamos de rio
era o som jorrante da corrente
quando éramos mar
rebolávamos
de onda em onda
e ora nos projetávamos
no abismo vociferante
ora namoradamente
marulhávamos
ao som das gaivotas
hoje desaguamos
só porque somos água
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