vejo um lugar onde posso escrever;
procuro um ponto, olho pela minha janela;
um ponto na minha janela para onde viajo
umas vezes só, outras levo comigo o desejo de fantasiar.
porto-me, então, como uma criança entusiasmada com a brincadeira
da qual tanto gosta, que precisa de a contar à avó:
da qual tanto gosta, que precisa de a contar à avó:
e intermitentemente brinca e vem explicar o quanto se divertiu.
são assim as minhas idas e voltas
entre o ponto da minha janela e a folha de papel em que escrevo;
e palpitam-me os olhos e faísca meu peito.
o entusiasmo descreve-se a si mesmo pela impossibilidade de parar.
nestas alturas não respiro: inspiro e expiro
porque a fantasia e a escrita são destes estados.
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