quarta-feira, 23 de setembro de 2015

à porta

aguardo à porta!
sinto todas as portas onde se aguarda. sinto (!)
a putice que encerram;
são putas,
de putice em portas que fazem aguardar:
o mesmo que jogar tempo ao inferno,
onde tudo arde, até ao arrependimento, de esperar.
continuo ferido de putice,
isto é, manietado aguardando,
com tanta vida para viver e
aguardo, espero, sossego, arrefeço
ou tento arrefecer e ardo à porta,
à puta da porta que odeio até ao desprezo.
ah! como eu odeio e desprezo a incompetência
de quem se faz esperar,
de quem vive esta forma de se afirmar,
putice que tanto odeio.

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