quinta-feira, 24 de setembro de 2015

vão

vão.
o do mar é longo e profundo
enche-se de peixes
e florescem-lhe as algas;
agita-se de todas as nuvens
emprenha-se de todas as aves
perfuma-se de todos os ventos.
aos montes confere as vistas.

vão
as águas em rios e lagos
até aos mares, onde foram nascidas e
infinitamente criadas;
levam toda a prata que a vista alcança
escorrem nelas todas as vidas,
as acalentam como se fosse um embalo

e vão.
que vão é inúmero,
prenhe de tudos e ausências;
a forma em criação
tecida de olhares
ideias e coisas,
obras da imaginação.

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