sexta-feira, 25 de setembro de 2015

excênctrico

a um canto
uma parede encontra outra
surrealmente
plantada para a encontrar

uma mesa
uma cadeira e mais outra
uma lâmpada e as sombras, tantas
une-as a coerência da cor, a um canto
vultos e sombras têm-se

uma pessoa
e outra pessoa estão, no canto
com os objetos gesticulam o movimento
as sombras, antes inertes, emaranham pelas paredes
cobrem o teto e rasam o chão
partem do canto

as vozes cruzam-se
também com o timbre das coisas
o som dá volume, singelo canto
cheio acolhe no seio
a vida que de si parte.
um canto, quem diria?

Sem comentários:

Enviar um comentário