quarta-feira, 7 de agosto de 2013

perfume de mulher

meu estado de amante teu, sente-se como os aromas: instala-se. nada de narinas.
fecho os olhos e toco-te o odor do teu pescoço, naquele exato ponto
em que se cruza com o da tua orelha e com o perfume da raiz dos teus cabelos.
irresistível;
escapa-se um beijo que te pouso demoradamente no rosto, segredo ao ouvido,
porque meu rosto quer colher o morno aveludado do teu.
tão perfumado.
a fragrância do teu ombro encaminha-me até ao teu peito,
como sempre
repleto de aroma a conforto morno, leve olência:
o equilíbrio perfeito de maternidade e de amante.
ah! e o cheiro terno dos teus braços. como é doce o universo de sensações
quando neles aconchegas minha cabeça no encontro com teus seios
perfumados de mulher.
o aroma do teu ventre chega-me quase impercetível; vem na aragem
e traz um doce florido,
aromatizado de quente de carinho e de intimidade de virilha
odor gáudio de especiarias,
nascido no vaso que te fez mulher: mãe e amante
e nos afeiçoamos
enleiam-se estes aromas em bálsamo e nele me perfumo de ti.

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