sexta-feira, 23 de agosto de 2013

uma corda da roupa no horizonte

o horizonte tinha uma linha
era uma espécie de corda da roupa
ao longe
onde pendurava pedaços de coisas
coloridas, drapeantes ao vento e ao tempo
era lindo.

uma vez pendurei coisas na parte de cima da linha
o que parecia impossível resultou bonito
na mesma corda havia algos que não caíam
e outros que não esvoassavam
de um lado e do outro eram coloridos
drapeantes ao vento e ao tempo
reluziam ao sol, era lindo.

tentei-me e tirei a linha do horizonte
com ela foi a corda da roupa
os pedaços de coisas caíram,
dispersaram-se, amontoaram-se
e movimentaram-se; uma dança
entre o céu e a terra, sem linha.
sem corda
drapeiam ao vento, dançando
reluzem ao sol, fantasiando cores
formas e movimentos
que só à imaginação interessam
e tornam feliz quem ali desvenda poesia.
é lindo.

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