sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

as manhãs

as manhãs.
sempre gostei das manhãs e de as viver acordado.
sabem a dia bem começado,
que se pode aproveitar todo, por inteiro,
se o quisermos em cheio!

as manhãs são frescas, sempre frescas,
como as frutas, as ervas e a luz matinal,
o brilho dos jardins, nascente de sol
rasante no orvalho acumulado na noite:
a sinergia das fases do dia.

e as manhãs têm mais:
têm a chocalhada da passarada,
chilreia, voa, pula apressada;
têm encontros celebrados num -"bom-dia"
desperto, remelado, carinhoso,
atarefado, caseiro, com sabor a lar;
têm pão torrado, o leite e o café,
um beijo corrido
e um até logo sem hora marcada;
têm sempre algo que esquece
e não me lembra mais nada.

também têm bica e graçolas de amigos
e bons-dias antigos,
gastos de tão repetidos.
ainda há meio e um fim da manhã
que nos marca a vida e o ritmo fugido
e que nos faz saber porque há meio-dia.

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