o dia aparentava pedir perdão
aquele em que a chuva não parava
parecia arrependido, chorava
o dia, tal como o pecador.
ambos desconheciam a razão
da necessidade da absolvição
mas algo a exigia
lia-se no olhar de quem os via.
fugira, perdera-se, parecia
o emprego
quando, afinal era sabido
que ele o tinha perdido, o tal emprego
por isso era culpado
e condenado a desempregado.
já o dia, esse era culposo
por se ter feito chuvoso.
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