segunda-feira, 4 de março de 2013

teu vestido

descobri-te na ourela dum vestido
escarlate de vermelho
que teu corpo tornou vivo
tentador, tal o maneio que me atirou
seduzindo-me pela imaginação.

nada vi além desse vestido
cujo destino conheço:
ser despido, lentamente corrido
e caído no chão. sonhei-o todo
sonhei tudo até ser apanhado
e novamente pendurado
pelo teu corpo sem vestido
sem segredos, desnudado, doce odor
com amor, também pelo vestido
que apanha, cuida e alisa
que não quer amarrotado
o teu vestido sedutor, vazio
tece um esguio movimento
para que o sonhe sempre
um vestido encorpado.

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