quinta-feira, 7 de março de 2013

vago, alto e salgado

deixa-me contar-te um segredo
daqueles que se soltam no ar
na ventania
se semeiam nos montes áridos
sobranceiros e isolados
se confessam ao mar
num dia de tempestade

deixa-me olhar-te profundo
nos gestos das tuas mãos
que dançam no ar
nos olhos despertos, elevados
amplos como a montanha
na alma leve, abençoada
salgada de mar

e nada mais haverá a esconder
nada mais para partilhar

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