sexta-feira, 27 de setembro de 2013

desesperança

e depois, mateio-o
disse-o ela
tom de lamento sem confissão
doía-lhe tanto
a cada palavra sentia na mão
o cabo vibrando da lâmina entrando
no corpo que sentira seu.
cortou-lhe o peito, o olhar surpreendido
pânico de morrer.

e depois, era tarde
arrependimento, de nada valeu
se ainda pudesse
ofereceria ao golpe, o corpo
que sendo seu, nascera para sofrer.
tanta dor, tanto doer...

(a propósito do telefilme português E depois, matei-o)

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