sexta-feira, 30 de maio de 2014

desperspetiva

há algo em mim, sempre o soube,
que flui como as flores; não é perfume.
é verde rente ao chão; onde brota vida
que me refresca os pés; e me desprotege,
ao contrário dos sapatos,
e me revigoro, fresco, de flor

da terra regressa o eco das raízes
que a seu modo são flores nascidas terra adentro
aí suportam e alimentam as raízes viçosas
baloiçantes ao vento e, porque ganham cor, são flor

que pés desprotegidos ganham perspetiva

Sem comentários:

Enviar um comentário