sexta-feira, 4 de abril de 2014

poesia

a poesia é filha
pare-se
ama-se como um filho
por mais animal que seja
ama-se e perdoa-se
sempre se perdoa
pela libertinagem a que se entrega
é a sua natureza
doce, meiga
amarga e ácida
agrada
e não existe para agradar
pura, profunda
e filha da puta

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